terça-feira, 17 de novembro de 2015

Esteja em Alerta pela sua Segurança



Eu quero falar em prevenção ao crime e o que você, cidadão de bem, pode (e deve) fazer para se sentir mais seguro enquanto anda na rua. Não me refiro a portar uma arma ou conhecer técnicas de defesa pessoal, até porque como eu disse, estaremos falando sobre maneiras de se antecipar a uma situação de risco e evitar ser apanhado de surpresa.

Armas, por exemplo, podem nos trazer uma sensação de que se está totalmente protegido, o que infelizmente não corresponde à realidade, nem mesmo para o policial mais bem treinado em seu manuseio, porque se este for apanhado de surpresa em uma situação desvantajosa, tal como uma arma carregada apontada a poucos centímetros de sua cabeça, dificilmente será bem sucedido em uma reação e as consequências poderão ser fatais.

Especialistas em comportamento humano afirmam que se podem definir traços da personalidade simplesmente pela forma como uma pessoa caminha na rua, como dirige seu carro, a maneira como se senta em um bar para tomar um café, entre outras atividades que exerce rotineiramente no seu dia a dia. Ao caminhar, por exemplo, a pessoa pode balançar ambos os braços, andar com a cabeça baixa, rapidamente, devagar, com as mãos nos bolsos, braços cruzados à frente, falando ao celular. Um comportamento distraído pode tornar você mais uma vítima do ataque de um marginal disposto até  a matar para roubar.

Marginais não são especialistas, mas instintivamente observam o comportamento de suas vítimas antes de ataca-las, ao invés de fazê-lo aleatoriamente. Tal qual um predador observa suas presas, escolhendo as mais fracas e lentas, um marginal escolhe suas vítimas na rua observando o seu comportamento ou atitude distraída. É aí que entra o estado de alerta e de se estar atento ao que ocorre ao seu redor enquanto anda na rua. Não significa um estado de paranoia, mas tão somente de atenção.

O estado de alerta, além de prevenir situações de risco, consiste numa “arma psicológica” contra um agressor, pois ao perceber que foi notado e que sua vítima está disposta a lutar, haverá um aumento considerável nas chances de desistência do ataque. Imagine-se saindo de uma loja no centro da cidade em uma rua pouco movimentada. Ambas as mãos ocupadas por sacolas com compras e mentalmente seu objetivo agora é chegar ao seu carro estacionado do outro lado da rua. Sua mente e sua visão estão voltadas para o carro e você não percebe, mas próximo dali um marginal te observa e já percebeu sua distração. Você passa as sacolas para uma das mãos e procura a chave do carro ficando ainda mais distraído e ao finalmente ao abri-lo, é surpreendido com uma arma de fogo ou faca. Tarde demais!

Em situações como essa, comuns em todos os médios e grandes centro urbanos, poderão ocorrer vários desdobramentos: o agressor irá exigir apenas seu dinheiro, ou ainda seu carro, ou pior: você será sequestrado, espancado, gravemente ferido ou até mesmo assassinado. A prevenção por meio do estado de alerta falhou e agora você está nas mãos de um marginal. E na pior das hipóteses apresentadas, lhe restarão poucas opções: ou implora pela sua vida que está prestes a perder ou parte para um furioso enfrentamento.

Obviamente cada situação é uma situação diferente e os desdobramentos subsequentes também são. A prevenção falhou e você já foi surpreendido e numa outra hipótese o marginal claramente não tem intenção de tirar sua vida. Analise os riscos e se vale à pena lutar apenas por dinheiro ou um carro roubado e expor a sua vida desnecessariamente. Para evitar situações de risco, então é necessário praticar o estado de alerta e se acostumar a proceder dessa forma. Independente de se estar a pé na rua ou no interior de um carro, manter a atenção a tudo o que ocorre próximo ao seu redor é muito importante.

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