Como
um animal selvagem, o predador humano basicamente quer uma conquista fácil. Ele
não quer que seu trabalho seja mais difícil, demorado, arriscado ou perigoso do
que já é. Ele procura aqueles que parecem derrotados, desatentos, submissos e
que provavelmente não reagirão. Ele não
quer resistência e certamente não quer se ferir ou morrer. Assim, um sinal de
força, atenção ou desafio, se patente ou implícito, é frequentemente suficiente
para que o criminoso abandone o processo predatório e procure por uma vítima
mais cooperativa.
Se
isso pode ajudar, agressores não brigam com pessoas que possam espanca-los.
Eles não selecionam quem os desafia e confronta com seus comportamentos
antissociais. Estupradores, sequestradores, assaltantes, e agressores procuram
por pessoas que podem ser surpreendidas, dominadas e controladas.
Por
outro lado, aquilo que pode dissuadir um criminoso, pode enfurecer outro.
Infelizmente uma conduta desafiante também pode criar uma situação onde o
assaltante se sinta obrigado a cumprir sua ameaça para não perder a moral e o
controle. Caso alguém ostente riqueza, talvez o benefício de ganhar muito num
único ataque valha o risco de escolher alguém atento e mais forte. E, pode
ocorrer que ele cumpra uma ameaça para mostrar que tem “reputação” e controle,
mesmo que você não tenha feito nada. Por este motivo, não se pode considerar a
segurança pessoal sob um único aspecto. Por exemplo, policiais costumam dizer
que nunca se deve reagir, mas a verdade é que a submissão nem sempre pode ser
suficiente para garantir sua vida.
Portanto,
é preciso desenvolver uma gama de habilidades e aplicar aquela mais apropriada
para a circunstância encontrada. Então, de modo geral, você precisa estar
atento e evitar ostentação desnecessária diariamente.
*Texto
extraído do livro AUTODEFESA CONTRA O CRIME E A VIOLÊNCIA – Um Guia para
Policiais e Civis – Humberto Wendling Simões de Oliveira – Paginas 29 e 30 –
Editora Baraúna – 1ª Edição.
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