Os
números da pesquisa realizada pelo Ministério da Justiça sobre o perfil
profissional dos agentes de segurança pública no Brasil apenas confirmam um
cenário que o leitor não policial possivelmente ainda não percebeu nas ruas: o
efetivo de policiais no país é bem menor do que se pensa.
Explicamos.
De acordo com o resultado do levantamento, apenas 55,5% dos entrevistados
disseram ter planos para se aposentar na profissão. Já 34,4% afirmaram trocar
de emprego assim que surgir uma oportunidade, enquanto que 10,5% responderam
estarem em dúvidas a respeito do futuro profissional.
É
óbvio que não é uma regra, mas, pela lógica, uma pessoa que pavimenta outros
planos na vida tende a se empenhar menos na função que ocupa, principalmente a
‘policial’, que, em fração de segundos, pode jogar qualquer um no banco dos
réus, prejudicando – ou até impossibilitando – a aprovação em outros concursos
públicos.
Refletindo
no plano macro, imagine quase metade do efetivo policial brasileiro pensando em
deixar a profissão, ou, no mínimo, cogitando essa possibilidade… É muita gente
trabalhando insatisfeita. É muita farda perambulando à toa. É muito distintivo
servindo apenas de ‘adereço’.
Repetindo:
não se trata de uma regra. Muitos profissionais (policiais ou não) assumem o
compromisso até o seu último dia de serviço, independente de planos para o
futuro. Mas o resultado da pesquisa não deixa de ser sintomático.
E
o resultado está nas ruas.
ParaibaemQAP
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